Poema solitário

De tantas solidões este destino,

de momentos precários e escassos de felicidade,

contrariando meus vastos contrários,

nesses pensamentos constantes, sedentários,

quando vivencio o vão da realidade.

Escrevendo meu amor na descascada parede,

imagino a tua rede naquela varanda tão alta...

posso ver teu olhar iluminando o breu,

enquanto repousas num lugar que não sou eu,

e permites o sonhar que a tristeza assalta.

De tantas desilusões, esse menino,

que olha a vida passando, esquecendo que é um homem,

afunda nas profundezas de versos bem rasos

a lembrança escrita e sentida do que foram os acasos,

e na poesia da vida as tristezas que o consomem...

VASSALO
Enviado por VASSALO em 11/01/2011
Reeditado em 03/04/2013
Código do texto: T2721555
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