Poema solitário
De tantas solidões este destino,
de momentos precários e escassos de felicidade,
contrariando meus vastos contrários,
nesses pensamentos constantes, sedentários,
quando vivencio o vão da realidade.
Escrevendo meu amor na descascada parede,
imagino a tua rede naquela varanda tão alta...
posso ver teu olhar iluminando o breu,
enquanto repousas num lugar que não sou eu,
e permites o sonhar que a tristeza assalta.
De tantas desilusões, esse menino,
que olha a vida passando, esquecendo que é um homem,
afunda nas profundezas de versos bem rasos
a lembrança escrita e sentida do que foram os acasos,
e na poesia da vida as tristezas que o consomem...