Covardia


Há paisagens que desconheço em meu próprio ser
Cordilheira imensas, mares que não me atrevi.
Oásis ondes as tâmaras amadurecem intocadas
Até que as areias encubram todo o mistério.
Rios e florestas onde a fantasia traça seu caminho
Deixando a lamparina acesa para que eu a siga
Despida de meus medos e pudores.


Nada avisto além da paisagem rotineira
Perco o sonho e a magia em seu espaço permitido
Fervilham em mim imagens e possibilidades
Não reajo e a isso chamo, covardia.


-Helena Frontini-