Pesares do rancor

Essa sensação de impotência a corroer-me,

esse estigma de fracasso a cobrir-me a face,

e nada diferente que esse destino trace

para alegrar-me a manhã que nasce com o cinza.

O rancor a pesar em minha cabeça

sem que a vida simplesmente aconteça.

Habito os vazios de minha profundezas

na ínfima incerteza de quanto isso durará.

Não aceito esse castigo imposto, maldito.

Recuso-me a continuar sendo o proscrito.

vendo o presente ausente,

perdendo o futuro que não virá.

BREUER
Enviado por BREUER em 10/10/2010
Reeditado em 12/10/2023
Código do texto: T2547984
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