ELA
Um corpo nu,
cabelos presos à nuca,
do jardim vem o cheiro
do jasmineiro
O vapor a envolve,
ambiente embaçado,
a água corre, trazendo lembranças
Ela, sente a solidão...
E esta de onde surge,
para angustiá-la?
Entrega-se ao banho
convencida que o calor,
é lenitivo para curá-la
Desliga o chuveiro.
O cheiro de jasmim continua,
rescende no banheiro.
Pelo ralo lá se vai,
o banho está terminado.
Ainda cheiram os jasmins?
A infância está perdida, no passado.
Ela mesma sozinha,
a vida continuará, em seu fado.
Vitoria Moura 17/9/2010