O ano: Devo Sair
É hora irei sair
Pois está na hora de virar algo mais
Eu acho que foram todas aquelas porradas
Que me fizeram ficar mais esperto sobre tudo
Mas, de forma alguma, eu lhe direi obrigado
Ou lhe pedirei desculpas
Eu não podia respirar, tentando me controlar
Uma mão no meu rosto
Sendo empurrado para o chão
Um medo enraizado
Unido por ele
Tentando suportar aquilo que eu não poderia perdoar
Desviei o meu olhar
Mas as cicatrizes acenaram atraves do espelho
Mas não era a minha pele
Aquela que já fora corrompida
Foi-me embora, não olhei para trás
Todas as coisas que passaram
Um passado distante
Um futuro distópico
Não pude enfrentar
Aquilo que me corromperia mais
Eu vi coisas, muitas coisas
Aquilo que mais brilhava no passado
Obscurecer no futuro
E é isto que devemos celebrar?
Devemos celebrar aquilo que tinhamos?
E a tudo que foi destruído?
Então eu devo sair...
e nunca mais voltar.