Solidão

Neste final de dia sombrio,

caminho sem rumo, relutando-me a ir para casa;

Encontro-me absorta em minhas reminiscências,

encontrando-me absolutamente só.

Cansada, chorosa, doida e saudosa,

procuro-te no céu sem lua,

no véu da noite que aos poucos vai caindo sobre mim,

envolvendo-me neste frio mortal do corpo e da alma.

Onde está você agora?

Será que vê este ser frágil e impotente neste momento?

Impotente pelo próprio sofrimento,e não poder dividí-lo com ninguém.

Esgotada por não ser compreendida por todos, somente por ti.

Esta ânsia agoniante da saudade,

e o desconforto da sua ausência feita eterna.

Eu aqui,acompanhada da solidão que me deixastes como herança,

fazendo de mim uma prisioneira e tornando-me neste ser apático.

Esta solidão que me faz te procurar no brilho opaco da lua,

que se esconde além das paragens celestiais.

A solidão, que me fez ver as ultimas estrelas em seu leito de morte.

Esta mesma solidão, que se instalou em mim, quando senti o frio do teu corpo sem vida.

Este sentimento solitário, que sinto quando percebo,

o vazio das pessoas, e que não tenho amigos como você foi.

Continuo caminhando só, e na certeza que ao morrer,

Você levou muito de mim.

Para meu amigo: Manoel Vidal de Freitas - Manuelito da Mangueira

Saudades eternas da sua amiga, filha e irmã Grace Fares

Grace Fares
Enviado por Grace Fares em 01/08/2010
Reeditado em 01/08/2010
Código do texto: T2411369
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