Solidão
Neste final de dia sombrio,
caminho sem rumo, relutando-me a ir para casa;
Encontro-me absorta em minhas reminiscências,
encontrando-me absolutamente só.
Cansada, chorosa, doida e saudosa,
procuro-te no céu sem lua,
no véu da noite que aos poucos vai caindo sobre mim,
envolvendo-me neste frio mortal do corpo e da alma.
Onde está você agora?
Será que vê este ser frágil e impotente neste momento?
Impotente pelo próprio sofrimento,e não poder dividí-lo com ninguém.
Esgotada por não ser compreendida por todos, somente por ti.
Esta ânsia agoniante da saudade,
e o desconforto da sua ausência feita eterna.
Eu aqui,acompanhada da solidão que me deixastes como herança,
fazendo de mim uma prisioneira e tornando-me neste ser apático.
Esta solidão que me faz te procurar no brilho opaco da lua,
que se esconde além das paragens celestiais.
A solidão, que me fez ver as ultimas estrelas em seu leito de morte.
Esta mesma solidão, que se instalou em mim, quando senti o frio do teu corpo sem vida.
Este sentimento solitário, que sinto quando percebo,
o vazio das pessoas, e que não tenho amigos como você foi.
Continuo caminhando só, e na certeza que ao morrer,
Você levou muito de mim.
Para meu amigo: Manoel Vidal de Freitas - Manuelito da Mangueira
Saudades eternas da sua amiga, filha e irmã Grace Fares