INDIFERENÇA

Ouve um tempo

Em que eu chorei

Por cada momento

Que me enganei

Desejando sua presença

Eu sofri calada

Como uma sentença

Fui ficando amargurada

Mas logo pude viver

Um tempo sem essência

Onde eu rezava pra ter

Um pouco mais de sua ausência

E a cada acontecimento

Em que me desesperei

Por tanto sentimento

Que em mim guardei

Chegou o tempo em fim

Em que sua indiferença

Mão parecia mais tão ruim

Não fazia a menor diferença

Simplesmente desacostumei

De ter sua atenção

E em fim me encontrei

Prisioneira da razão

Aprendi a lidar

Com os fetiches do coração

Assim ficou fácil negar

Aos apelos da emoção

Só queria agradecer

Por me ensinar a viver

Sem a amolação

Que pulsa da recordação

Aléssya
Enviado por Aléssya em 17/06/2010
Código do texto: T2324526
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