INDIFERENÇA
Ouve um tempo
Em que eu chorei
Por cada momento
Que me enganei
Desejando sua presença
Eu sofri calada
Como uma sentença
Fui ficando amargurada
Mas logo pude viver
Um tempo sem essência
Onde eu rezava pra ter
Um pouco mais de sua ausência
E a cada acontecimento
Em que me desesperei
Por tanto sentimento
Que em mim guardei
Chegou o tempo em fim
Em que sua indiferença
Mão parecia mais tão ruim
Não fazia a menor diferença
Simplesmente desacostumei
De ter sua atenção
E em fim me encontrei
Prisioneira da razão
Aprendi a lidar
Com os fetiches do coração
Assim ficou fácil negar
Aos apelos da emoção
Só queria agradecer
Por me ensinar a viver
Sem a amolação
Que pulsa da recordação