RÉQUIEM PARA UM AMOR QUE MORREU

Regresso.

Mas não estás

onde sempre estiveras,

o lugar que julgaras

ser só de mentiras.

Estremeço.

Levastes as cores

e as respostas secretas,

os ecos e as magias

que me nutriam nas madrugadas.

Enlouqueço.

Onde as lembranças

que me eram íntimas,

e agora, apenas,

odores e fumaças.

Desapareço.

Balbucio cantigas

que me soam mortais,

como as que foram compostas

para embalar funerais.

Adormeço. . .

- por JL Semeador, em 03/05/2010 -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 03/05/2010
Reeditado em 04/05/2010
Código do texto: T2233772