ABANDONO

Já perdi as contas,

Das noites de abandono,

A alma louca ensandecida,

Procurava-te na estrada.

Na agonia da solidão,

Perdia-se em toda escura mansidão,

Não achava lugar de paz,

Ninguém ouvia o grito de dor,

Apenas eu no silêncio da escuridão.

Abandonada totalmente,

A dor, ao desespero,

Toda à aflição da alma,

Era só abismo e sofrimento.

Dias incertos,

Noites de agonia,

Dias com rosto molhado,

Por lágrimas que não se rendiam.

Ficaram as marcas do abandono...

No rosto as cicatrizes,

Pelo tempo de dor,

A ausência, a falta de amor.

NATIVA
Enviado por NATIVA em 01/05/2010
Reeditado em 01/05/2010
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