Acostumando a tua ausência

São todos os dias.

São todas as noites.

São todas as horas...

e todo é o tempo que passo,

sem o calor do teu abraço,

definhando em tuas demoras.

E nessas premissas desatinadas,

quando as palavras, embriagadas,

rompem com o ciúme e deflagram suas queixas,

tenho também as minhas deixas...

Etílicas soluções de um querer desvairado

sobre as supostas relevâncias

de um romance tão tumultuado.

E se a mim cabe tão bem essa solidão,

nada mais resta, senão acostumar-me

a tua ausência e à minha devassidão.

BREUER
Enviado por BREUER em 05/12/2009
Reeditado em 28/03/2013
Código do texto: T1962115
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