Acostumando a tua ausência
São todos os dias.
São todas as noites.
São todas as horas...
e todo é o tempo que passo,
sem o calor do teu abraço,
definhando em tuas demoras.
E nessas premissas desatinadas,
quando as palavras, embriagadas,
rompem com o ciúme e deflagram suas queixas,
tenho também as minhas deixas...
Etílicas soluções de um querer desvairado
sobre as supostas relevâncias
de um romance tão tumultuado.
E se a mim cabe tão bem essa solidão,
nada mais resta, senão acostumar-me
a tua ausência e à minha devassidão.