Rasa transparência

Seja minha a eternidade que precede o convívio,

que desmantela os costumes e ocasiona a escuridão.

E que de mais eu nunca saiba porque não creio em virtudes,

não conceituo valores e tão pouco me curvo ao determinado.

Amplas as possibilidades do nada acontecendo sem pausas

e os antecedentes, meras variantes de um futuro sem previsões,

derrubam sobre meus impropérios a ausência de fé em mim mesmo.

E no abstrato idealizado por sensações irrealizáveis,

abstenho-me do que não posso e recolho-me à insignificância

de minha própria existência, a esmo...

E assim sou eu, nessa rasa transparência.

BREUER
Enviado por BREUER em 05/12/2009
Reeditado em 28/03/2013
Código do texto: T1962088
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.