A fotografia
Te tenho nas mãos e sou soberano. Te viro, te olho, te amasso e te aliso.
Não me é importante a tua presença mas, sim, tua existência. Está comigo, o que eu preciso.
Te jogo para poder recuperar, piso até cansar e te aponto o dedo, como a dar um aviso.
Ríspido, preguejo. Nervoso, gaguejo. Te falo tudo o que quero em desajeitado improviso.
Por fim, resolvo te comer. E a mordida raivosa, é ampla. Vai do canino até o siso.
O que só faz aumentar a minha dor, porque me sinto tão indeciso...