Esquecimento.

Eu sou aquele livro guardado na gaveta

Sou aquela mancha no espelho do corredor

Sou aquela lembrança que em tudo acreditou

Aquele perfume substituido para sair

Aquela voz imitando gaitas roucas por aí

Sou o som da chuva na janela, o silencio da madrugada

O lilás do arco - íris

A companhia cansativa

O peso da cobrança

Uma pessoa delicadamente arrogante

Invisivelmente existente

Na verdade eu sou o complexo da alma

O seco, o frio, o inconsciente

Das cores eu sou o cinza com o verde

Eu sou o centro das atenções em relação aos meus defeitos

Sou a busca incessante por um bem estar

Um bem querer...

Um que me expulsa a todo momento

Mas que é amor e quem não conhece não pode entender esse tempo

Eu posso ser aquela notícia

Aquela conversa

Aquela faísca

Aquela nada

Mas seja o que for, é amor

Pra você eu sou o disco que não faz mais sucesso

A música que não quer mais ouvir sabendo que vai doer

Sabendo que é sobre você

Quando a companhia da madrugada não satisfazer

E de tudo sentir saudade

Me diga o que sente

Posso estar longe

E longe quem de nós irá sobreviver?