São amarras.
Lâminas e navalhas.
É um grito surdo.
Num doer absurdo.
Impuro ou imaculado.
É a forca.
É o machado.
É o tempo, é a distância.
Tudo é redundância.
É entrega.
É renúncia.
Um peito rasgado.
É o coração costurado.
São impossibilidades.
É o sim, é o não.
Dor e tempestades.
São desejos.
São corpos.
Gritos e trejeitos.
É a certeza, é a dúvida.
É vida, é morte.
É a morte em vida.
É você, sou eu.
É tudo que se perdeu.
É o insosso.
É o sabor.
Sou eu sem teu amor.
É a pedra.
É o cascalho.
Sou eu, indo ao fim.
É você, meu atalho.



Se sou seu atalho, quero ser perfeito
Coberto de flores para seu passar
Te mostrar o caminho das nuvens,
e nunca teu coração machucar
Caminharei ao seu lado
Nunca na frente, atrás
De mãos dadas aos seus sonhos
Quero o caminho do paraíso lhe mostrar
Quem sabe de atalho um dia posso ser
O caminho que possa caminhar com você
Pode assim descobrir que não sou mais o atalho
E sim o caminho
E o atalho era o caminho que a nenhum lugar te levou
E neste atalho tu encontrestes o caminho, procurou
O caminho que seu coração sempre sonhou
-Trovador Sem Nome-

 

Loira Paulista
Enviado por Loira Paulista em 04/09/2009
Reeditado em 07/06/2010
Código do texto: T1792411
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