Mãos dadas com a solidão
Dias chuvosos, caminhando na tempestade.
De mãos dadas com a solidão.
Observo a paisagem, triste melancolia.
O vento frio faz companhia.
Da janela a visão distorcida.
Completamente só eu chorei.
Tudo passa, só eu fiquei
Até quando vou agüentar?
Os dias e noites parecem querer me sufocar.
Lembranças foi só o que restou.
Pensamentos a vagar, recordações.
Que atormentam mais do que regozijam
Mas não há saída, é preciso seguir.
Ignorar a própria dor
Fechar os olhos para a alma que sangra
Com muita ou pouca esperança
E depositar na vida um pouco de confiança
Querendo mais do que podendo
Acreditando mais do que esperando
Que no futuro tudo volte ao seu lugar
O temporal uma hora vai passar.
As águas da chuva escorrem para o mar.
Lentamente olhando para nova direção.
Sem medo de enfrentar tempestade.
É preciso tocar os pés no fundo
Para encontrar a verdade
E buscar forças
Para emergir em uma nova realidade.