Até quando?
Ainda me encontro na minha cama vazia repleta de pensamentos, tomado pela tua ausência e pelo meu silêncio impotente que em vão te grita e busca em meio a várias outras falas escrever o que tanto quer ler.
Busquei como uma criança na destreza lúdica da minha juventude a maneira certa de te querer, mesmo sabendo que jamais a teria em meus braços, mesmo sabendo que não seria meu o teu abraço.
Lembro da vez que partiu levando contigo todo e tudo aquilo que me deixava ver o quão feliz eu era, arrancaras por tão pouco meus sonhos de te fazer sentir mais que já não me importo com o que tenho, se tenho.
Hoje sentei no velho sofá que confortava teu cansaço e por um instante desejei que não soubesse o quanto eu queimava ardentemente por você, o quanto me tem nas mãos.
Eu “sinto” muito te amar...
Sou errante e te peço paciência, ainda não encontrei o melhor em mim pra dizer que estou aprendendo.
Por favor, me diga por onde anda. Não vê que estou sofrendo?
Sei do quanto sou pequeno, mas não pode me dizer que não estou tentando.
Sinto-me apenas carne satisfazendo teu ser, alimentando teus anseios, acolhendo teu corpo, sendo apenas teu, nada além.
Ainda não tenho o que busco e tão pouco sei do que quero.
Talvez eu nunca saiba, quem sabe?
Assim caminho por moldes pífios nivelando meus sonhos com aquilo que não tenho, mas que jamais deixei de amar - por enquanto.