Os olhos perdidos no infinito
Como se tempo não houvesse
Ela pranteia soluços e preces
Finge esconder a dor, o grito
Adormece, pois assim esquece
São temores que tornam-se mitos
Como a solidão nos entristece

Atira-se num vale de dores
Cria asas, pura imaginação
Pinta de anil seu coração
Assiste o desabrochar de flores
Ata-se com medo à solidão
Sente passar tantos amores
Azar, considera-se ilusão
Carrega tristeza e temores

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"Solidão e tristeza são irmãs da dor e vivem a maltratar o amor..."