“Gemido da alma”

Vagueia a minha alma

Por entre o silêncio da noite

E vagueando depara-se

Com a solidão

Triste solidão!

E da alma saem gemidos

Profundos e silenciosos

De momentos perdidos

No caminho da vida

Trapo é

Meus sentimentos

Minhas ilusões

Meus sonhos

Meus anseios.

Farrapos me tornaram

Os que de mim se foram

E no silêncio da alma

Silencio a dor.

Busco o sentido do que vivo

Busco o porquê de sentir-me só

Pois mesma cercada por tantos

A solidão machuca-me

O que me falta afinal?

Há... Falta-me o principal

Que é o amor!

Então me pergunto:

Vale apena sofrer por alguém

Que a muito se foi?

Que vezes ou outra volta

Mas que não pode seu amor ofertar?

Não!

Não quero mais lamentar

Por isso no silêncio grito seu nome

Querendo me libertar!

Se hoje sou trapo, farrapo,

Sou triste e só

Não é culpa sua...

Eu, somente eu, sou!

Pois sabendo que não era possível

Mesmo assim te amei

Segurei-te em meu pensamento

Em meu coração adentrou

Fazendo morada se enraizou!

Agora no silêncio da alma

Mando-te embora

Cansei de sofrer

Cansei da dor

Cansei de chorar

Cansei de esperar

Quem nunca poderá ser meu!

Viva...

E deixe-me viver

Pois ainda há muito em mim e em ti

Deixemos que outro alguém

Venha para preencher esse vazio

Esse espaço

Mas que seja mais forte

Para esse sentimento matar.

Vivamos, pois, sem agarrar-se ao passado.

Chega de tantos lamentos

Deixe-me no silêncio da alma

Encontrar-me!

Rosa D Saron

Goiânia,22/05/2009

Brasil

Rosa D Saron
Enviado por Rosa D Saron em 22/05/2009
Código do texto: T1608132
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