Renúncia
Não leio cartas, não sigo pegadas
E como é difícil o caminho a seguir.
Em cada bifurcação uma renúncia…É talvez um sacrifício grande demais para ser suportado!
Uma certeza…Uma escolha…Uma renúncia…Um erro!
Se os caminhos da vida pudessem devolver o que me tirou,
Se os moinhos não se transformassem em monstros que esmagam meus sonhos,
Seria eu feliz? Nefelibata! Para sempre uma infanta,
Não experimentaria o pungente sabor cortante da dor.
Se eu lesse cartas, se eu seguisse pegadas.
O caminho…Linear…Sem dores, horrores, desamores exponenciais!
De que adiantaria…Onde estaria o encanto da descoberta!
Ai! Isso e escolha…Então levantarei a bandeira do niilismo.
O que farei? Sentarei no início da bifurcação e lá ficarei.
Mas estarei seguro vendo os planetas se alinharem a cada 5 mil anos,
Meus amigos indo embora…Sempre em frente…Para cima…Para o alto,
E eu imaginando “lá do alto deve ser esquisito”!
Livre do conhecimento que liberta,
Dentro de meu mundo onde vivo com minhas contradições…Sabidamente, mais tarde… Frustrações!
Privarei-me de encarrar o desconhecido no final de cada caminho…Pois o temo!
Livre do mundo…Livre de mim…Livre da vida!