Renúncia

Não leio cartas, não sigo pegadas

E como é difícil o caminho a seguir.

Em cada bifurcação uma renúncia…É talvez um sacrifício grande demais para ser suportado!

Uma certeza…Uma escolha…Uma renúncia…Um erro!

Se os caminhos da vida pudessem devolver o que me tirou,

Se os moinhos não se transformassem em monstros que esmagam meus sonhos,

Seria eu feliz? Nefelibata! Para sempre uma infanta,

Não experimentaria o pungente sabor cortante da dor.

Se eu lesse cartas, se eu seguisse pegadas.

O caminho…Linear…Sem dores, horrores, desamores exponenciais!

De que adiantaria…Onde estaria o encanto da descoberta!

Ai! Isso e escolha…Então levantarei a bandeira do niilismo.

O que farei? Sentarei no início da bifurcação e lá ficarei.

Mas estarei seguro vendo os planetas se alinharem a cada 5 mil anos,

Meus amigos indo embora…Sempre em frente…Para cima…Para o alto,

E eu imaginando “lá do alto deve ser esquisito”!

Livre do conhecimento que liberta,

Dentro de meu mundo onde vivo com minhas contradições…Sabidamente, mais tarde… Frustrações!

Privarei-me de encarrar o desconhecido no final de cada caminho…Pois o temo!

Livre do mundo…Livre de mim…Livre da vida!

Val Araújo
Enviado por Val Araújo em 09/05/2009
Reeditado em 10/05/2009
Código do texto: T1583761
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