Inferno materialzado
Inesperadamente com a alegria surgiu a tristeza
Que me encobriu com seu véu de desilusões
Sei que nada poderei eu temer enquanto vida existir em mim
Pois não há mais nada que me pasme
Sentada em um canto observo meu cálice
Raros tragos, velhos vinhos
Me embriago com lentos goles
E a loucura logo alcança o seu grau máximo
E ao cálice efêmero eu brindo!
Mãos esbranquiçadas
Pele ressecada....
Quero celebrar o encontro divino
Ou a maldição eterna.
Não te interessas!
Não me pergunte meus motivos.
O enterro começou
E estão todos a minha espera[dilacerada].
Tristeza?
Nada disso![vazio]
Pouco a pouco, vou me tornando uma imagem deprimente do que sou
Os sorrisos se perderam junto com minha alma
Que eu abandonei em alguma rua sem fim
E os dois vagão perdidos entre meus soluços chorosos intermináveis
Morte de nada me vale mais
Se o que eu vivo já é o próprio inferno materializado
Porque não?
Se a minha volta só vejo demônios...
O que me restou?
Um cálice com vinho, um sermão mau ouvido
E a minha eterna companheira solidão!