Inferno materialzado

Inesperadamente com a alegria surgiu a tristeza

Que me encobriu com seu véu de desilusões

Sei que nada poderei eu temer enquanto vida existir em mim

Pois não há mais nada que me pasme

Sentada em um canto observo meu cálice

Raros tragos, velhos vinhos

Me embriago com lentos goles

E a loucura logo alcança o seu grau máximo

E ao cálice efêmero eu brindo!

Mãos esbranquiçadas

Pele ressecada....

Quero celebrar o encontro divino

Ou a maldição eterna.

Não te interessas!

Não me pergunte meus motivos.

O enterro começou

E estão todos a minha espera[dilacerada].

Tristeza?

Nada disso![vazio]

Pouco a pouco, vou me tornando uma imagem deprimente do que sou

Os sorrisos se perderam junto com minha alma

Que eu abandonei em alguma rua sem fim

E os dois vagão perdidos entre meus soluços chorosos intermináveis

Morte de nada me vale mais

Se o que eu vivo já é o próprio inferno materializado

Porque não?

Se a minha volta só vejo demônios...

O que me restou?

Um cálice com vinho, um sermão mau ouvido

E a minha eterna companheira solidão!

Tamires Ibraima
Enviado por Tamires Ibraima em 18/04/2009
Reeditado em 30/04/2009
Código do texto: T1545963