Rompimento
Chega! sai de mim ó lúgubre chaga
Solidão! – não te quero mais.
Há tantos dispostos a entregar-te
O tempo ocioso. Oh praga
Deixe-me em paz!
Por quê estás em toda parte?
Os tristes caminhos que outrora
Vaguei; as obscuras encruzilhadas,
As ermas avenidas... tudo deixei ao relento.
Errei muito, mas agora
Não caio nas mesmas ciladas
Do futuro arrependimento.
Teu rosto lívido pairava nas janelas
Da minha residência,
E ficava a olhar-me melancolicamente
Quando eu acendia as negras velas
Que celebravam minha existência
Fúnebre; solitária extremamente!
Solidão, não vês que tu morreste?!
Não chore, há quem te queira
Menos eu! Vá amar
Outro alguém sua peste!
É dia 13, sexta-feira
Fui embora e não me chame quando eu voltar!
(7/3/2009)