Espectral
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Tento não esmorecer.
Aceitar que o tempo não para.
Choro, e a lágrima que me ampara,
Fortalece-me longe de você.
Estive ausente.
O corpo feneceu.
E sua alma, ainda ardente,
pula dentro do meu.
Caíram as pálpebras palpitantes.
Surgiram as pelancas, garbosas!
E as pulsações, palpitosas,
foram-se para sempre, errantes.
Retroceder não é preciso.
Neste ciclo, este é o abismo:
Preço pago antes do fim.
Aparências, recordações... Isto sim!
Lembro o fulgor e o vulcão...
Agora, apenas o catarro no chão,
denunciando que estou mal.
Perdão! Dei um espirro espectral.
Fortaleza-CE, 13 de março de 2009.
09h56min