Espectral

.:.

Tento não esmorecer.

Aceitar que o tempo não para.

Choro, e a lágrima que me ampara,

Fortalece-me longe de você.

Estive ausente.

O corpo feneceu.

E sua alma, ainda ardente,

pula dentro do meu.

Caíram as pálpebras palpitantes.

Surgiram as pelancas, garbosas!

E as pulsações, palpitosas,

foram-se para sempre, errantes.

Retroceder não é preciso.

Neste ciclo, este é o abismo:

Preço pago antes do fim.

Aparências, recordações... Isto sim!

Lembro o fulgor e o vulcão...

Agora, apenas o catarro no chão,

denunciando que estou mal.

Perdão! Dei um espirro espectral.

Fortaleza-CE, 13 de março de 2009.

09h56min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 12/03/2009
Reeditado em 26/10/2011
Código do texto: T1482973
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