Poeta solidão

Faço versos em contratempo

Sou poeta aprendiz

E espero o momento de inspiração

Para escrever minhas tormentas

Desalinho meus sentimentos

Com rasgos de sinceridade.

Refugio-me em aveludado pensamento

ou nas parcas emoções.

Faço canções malucas

Ás vezes até fundir a cuca.

Fujo da rotina

A incerteza passa por mim.

Às vezes numa esquina

Encontro-me com o outro EU

E ele, mansamente, vence-me.

Tropeço nas palavras

Atrapalho-me nos afagos

Sorvo a inspiração no meu próprio passado.

Malgrado encontro alegrias

De mãos dadas com a saudade

Já encontrei até a felicidade!

Dancei com meus medos

Driblei meus anseios

Entalhei minha face com sorrisos

Deixei marcas beijando o meu poema

Sentimentos que vão e vêem

Conflituosos, corajosos,

Bandalheiros .

Mas é essa solidão sentinela

Que faz pouso no poema

E alerta, teima em pedir-lhe guarida.

Fatima Mota

25/01/09

FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 25/01/2009
Código do texto: T1403795
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