Sinfonia da Solidão
Arrebatador e inegável sentimento de solidão
Que me envolve em seus laços
Me alimenta com os lábios
E em brasa pega o ferro e cicatriza o coração
Mas não contenta-se com único sacrifício
Repete o gesto de maneiro insolente
Pra assistir minha loucura impune
Gritar em agonia nos becos mais vagos
De cada esquina
Que triste sina escolher amar, escolher sofrer
É a mesma nota, repetida e dissonante
Pulsando só e fora do tempo
Apenas cabe à minha esperança
Achar alguma que combina
E tentar, como um maestro
Reger a vida em silêncio
Pra não acordar a fina dor
Companheira, solidão