Vendaval
Não sei que horas são...
Mas não faz mal.
Pra que horário,
Se minha mente é vendaval,
Um turbilhão de pensamentos,
Que não querem se calar?
Sentada em uma cadeira,
Tento fazer, ao menos, o corpo parar...
Belo insucesso...
Fico a tamborilar os dedos...
E faço listas de amores, projetos, medos...
Tudo que passou,
Que controlo
Ou que me faz me descontrolar.
Me sinto perdida,
Com a mente a vagar...
Um vendaval de sentimentos
Está me sufocando.
Momentos,
Dias,
Anos...
Fatos e atos...
Tudo a se misturar.
Nessas horas,
Dá vontade de gritar!!!
Pena que esse tipo de coisa
Não se resolva com um simples berro!
Escrevo,
Reescrevo...
E erro.
Falo de coisas que não quero falar.
Derrubo estantes,
Como uma louca,
A procurar
Por algum mapa que me dê alguma direção.
Mente sem rumo,
Ódio mesclado a paixão...
Saudade sem nome,
Que se desenha no ar...
Até assentar a cabeça,
Até o vendaval passar...
Me sinto perdida,
Meio que desesperada...
Tudo culpa de uma confusão desgraçada
Que às vezes vem a mim
Quando fico a recordar...