Insolente maldição
Sinto-me perdida em meu próprio tempo
Como se aqui eu não pertencesse,
Pelo menos não nesse momento.
Pensamentos insanos me poluem a mente
É como se minha alma aos poucos fosse perdendo seu brilho,
Sua luz e eu minha paz.
Meu caminho está escurecido pela presença da dúvida mundana,
A dúvida insana.
Alguns ladrilhos quebrados pelo caminho,
Por ali passo e tento consertar em vão.
Podem ser alguns erros do percurso de minha vida,
Ainda não muito vivida
Porém de intensidade expressiva.
Meus sentimentos explodem no peito,
Em alguns momentos encontro conforto
E em outros o desespero me acalenta em seu colo inerte.
Insolente maldição,
Em companhia da solidão me despeço de mais um dia vivido
Eu, humana, perdida e completamente imersa em minha própria escuridão interior.