Quando só
Jazo, sozinho, num mundo frio
que consome os desejos,
bebe o ímpeto
e sopra em brisa o desespero.
Jazo, sozinho, da sentença que atinge o feto
e paira sobre seu presente,
quando se esquece do passado
e aguarda-se em um futuro que não virá.
Assim, eternamente, jazo nesse mundo soturno
que não poderei deixar de ser,
pois, no momento em que partir,
já não mais, sozinho, serei.