INFELIZMENTE
INFELIZMENTE
Felizmente havia
Uma mulher companheira,
Em meu áspero caminho.
Uma rosa - carinho.
Felizmente havia
Uma mulher-mãe,
Em meu chorar de criança.
Era um ombro-esperança.
Felizmente havia
Uma mulher-amante,
Na minha paixão ansiosa.
Uma sereia-fogosa.
Felizmente havia
Uma mulher-dama,
Em meus passos na calçada.
Uma mulher-honrada.
Mas,
Infelizmente,
Menina-mulher ou flor,
Não lhe dei nenhum valor,
Nem tampouco dei ouvidos,
Isolei-a,
Pelos meus mais vãos motivos.
Agora,
Entre tantas bonecas de carne,
Meninas vazias,
Sorrisos falsos,
Gente,
Só por designação.
Eu enfrento a dor-saudade,
Na solidão sem acerto,
No sonho da volta sem remédio,
Nesta imensidão do tédio,
Mas mereço meu castigo,
De jamais tê-la comigo,
De ter perdido seu amor,
De ter o seu “não” tão forte.
Na dor que faz da vida a morte,
Neste coração sofredor...
Saudosa Professoro Wilma Longo – Jacarezinho, 17.09.1980 – Faculdade de Direito