A Jornada
O vazio se foi, a inexistência não existe mais.
O poço escuro sumiu diante de mim,
O quarto escuro de portas e janelas trancadas
Agora é alegre, colorido, janelas e portas abertas para a vida.
Não foi de repente, foi numa jornada,
Nem longa nem curta, apenas uma jornada
E a vida ganhou ares de Vida.
Há ainda batalhas: guerreira é a minha identidade,
Batalhas existirão sempre,
Mas agora não luto de olhos vendados no completo escuro.
Ansiedade se foi também,
Eu nem sabia que isso não era pra ser minha,
Achava que era parte de mim tanta coisa:
Dores, amarguras, ansiedades, uma ânsia pela morte,
A falta de sentido da vida, falta de gosto por viver, viver pras obrigações...
Achava tudo isso natural: era assim desde que me conhecia,
Não são naturais de gente alguma!
A jornada deixou pelo caminho coisa a coisa,
Me ensinou a viver, a amar a vida.
Sou grata à Jornada.
Marta Almeida: 27/09/2024