À quem ?

Dói meu olhar

Um perguntar sem calar

À quem pergunto ?

Ao Mundo ?

Deus... Tenho um nó na garganta

O álcool que desce, queima o fígado, o estômago e o amargo

Corrói a fome e o frio deste envelhecido corpo...

O chão frio é a alcova

Dos pés em lama

As migalhas depositadas nas mãos trêmulas

Agarra a bebida em álcool...

Foges da fome, do frio, da vida ?

Dói meu olhar

Embebedo de perguntas

Em suas mãos o álcool, o álcool.