Domingo a noite
É no chegar da tarde que sinto saudades das coisas que fiz.
É também o momento que me lembro de que não há como voltar no tempo.
O que fiz não poderá ser desfeito.
E o que deixei de fazer, não poderei fazê-lo. Perdi a chance.
A nostalgia bate forte, sem motivo algum. A tristeza também.
O ciclo se repetirá de novo e de novo.
Nesse momento você quer que o relógio não ande.
Quer que a dopamina e a adrenalina não se esgotem nunca.
Pois é no fim de semana que os problemas somem (ou diminuem) .
O trabalho e a escola dão uma pausa, as contas não chegam e o mundo sorri pra ti.
É no domingo a noite que bate o arrependimento de ter desperdiçado algo.
E a verdade avassaladora de que a segunda-feira começará amanhã.
Queira você esteja preparado ou não.
É por isso que odeio domingos.
Você eu não sei...
Mas pra mim, a vida poderia ir mais devagar.
Cem anos é muito pouco para se aproveitar.