Humanidade cara de pau

Nenhuma folha caía das árvores

Nenhum vento havia ali

Nenhuma brisa, nenhum vendavalzinho,

Nenhum ventinho, nem mesmo um leve ventinho.

Um calor escaldante do sertão,

E era pra ser inverno... e nem era sertão ali...

“Natureza estava doidinha,

Se perdeu na distribuição das estações”

Todos reclamavam num coro só,

Nem se lembravam da lazeira que todos,

Absolutamente todos,

Faziam da natureza.

Memória curta, essa da Humanidade

Eita humanidadesinha cara de pau.

Marta Almeida: 28/05/2024