Taças..

Entre taças e contos ladrilhados,

A aparência repugnante escova

pensamentos sórdidos,

Em gargalhadas entoam-se histórias,

Dissolvidas na arrogância de velhos...

Neste clima avesso às expectativas

De inúmeras dissoluções razoáveis,

As pungentes perguntas esquecidas

No velho baú das memórias

Reencontro o apaziguador de infindáveis

Dúvidas,em garrafas escarnecidas pelo salutar

Gosto da morte.

Embaciado nestes devaneios amigáveis

De minhas ternas lembranças empalhadas,

Saboreio em meus lábios amargos,

Diante destes balcões, o néctar sem respostas,

Agradáveis às minhas íntimas interrogações

da vida.

Fruto assim amadurecido em pomares

Cultivados do maternal esquecimento,

Onde a sutileza fria da densa neblina

Se converte em doces tragadas de meus

Pensamentos, amaciados e sepultados

Na dor faceira do sofrimento...

Marcelino Gomes da Silva
Enviado por Marcelino Gomes da Silva em 24/05/2024
Reeditado em 24/05/2024
Código do texto: T8070483
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