Taças..
Entre taças e contos ladrilhados,
A aparência repugnante escova
pensamentos sórdidos,
Em gargalhadas entoam-se histórias,
Dissolvidas na arrogância de velhos...
Neste clima avesso às expectativas
De inúmeras dissoluções razoáveis,
As pungentes perguntas esquecidas
No velho baú das memórias
Reencontro o apaziguador de infindáveis
Dúvidas,em garrafas escarnecidas pelo salutar
Gosto da morte.
Embaciado nestes devaneios amigáveis
De minhas ternas lembranças empalhadas,
Saboreio em meus lábios amargos,
Diante destes balcões, o néctar sem respostas,
Agradáveis às minhas íntimas interrogações
da vida.
Fruto assim amadurecido em pomares
Cultivados do maternal esquecimento,
Onde a sutileza fria da densa neblina
Se converte em doces tragadas de meus
Pensamentos, amaciados e sepultados
Na dor faceira do sofrimento...