LETRAS PERDIDAS
Neste recanto de letras perdidas,
Busco a chama da inspiração na alma,
Volto ao meu verdadeiro eu.
Encontro-me à deriva,
Talvez tristeza, talvez sede,
Água da fonte de alguma verdade,
Falta que, estando aqui, não mudará.
Eu desejo deixar de existir,
Mas tenho medo da morte,
O retrocesso, a minha vida.
Não deveria ser por medo,
Minha alma é livre,
Prendi-me em ferros de aço,
Em egos inflados, nada ganhei.
Você não me possui, nem eu a ti,
Eu só anseio ascender, transcender
Uma voz a sussurrar:
Qual é o teu anseio mais profundo?
Ser leve, mas talvez, na leveza, não permaneço
no recanto de palavras esquecidas.