O que sobra?
Que tipo de homem serei eu se não honrar minhas dívidas?
Para quem não paga a quem deve seu dinheiro... há trabalho
Mas como dar as costas a quem se deve o sangue?
Que importa ser lembrado por milhões
Sendo um estranho em sua própria casa?
Que importa haver estátuas de seu rosto
Se seus pais sequer o reconhecem?
Tarefas executadas à perfeição
Cujo preço foi deixar tudo para trás.
Centenas de livros lidos na estante,
Diplomas distribuídos nas paredes do lar...
Mas que lar?
Que foi teu lar nos incontáveis meses que passaram?
Que sobrou da tua força de trabalho agora que passam-se anos?
Que valor têm teus diplomas quando as décadas envenenam tua sanidade?
Que sobra do homem que perdeu sua vida
Mas ainda não encontrou a morte?