PALCO
Se nas flores penduradas o tempo
Produzires seus frutos furtivos
Terão o gosto amargo dos sentimentos
Por erroneamente ser tão altivos
No charco de pensamentos insanos
Ou no solo que a tudo se fecunda
Germinam ideias e pensamentos profanos
Que a tênue alma lânguida inunda
Próximo ao fim do arco-íris
As cores tornam-se todas iguais
Sem a devida proteção de Isis
Estarei perdido, cheio de ais
Na imensidão deste infinito oceano
Me perco nas vagas do velho tempo
No palco da vida sou soberano
Mesmo que seja por uns poucos momentos!