PONTIM VERMELHO

Que comece a luta, declara o rei das guerras.

Então o pontim vermelho invade o tridente da trindade.

Se esquece o pontim vermelho que ele é apenas um grão de areia, noutro pontim azul que vaga pelo cosmos.

A Águia,o Leão, o Galo e a Raposa saem em defesa do menor abandonado.

E a injustiça se veste de justiça trazendo uma nuvem de fumaça, que cega as câmeras que se negam a enxergar.

Vidas ceifadas como soldadinhos de chumbo num tiro-ao-alvo.

Os fortes criam as estratégias, e os fracos morreram estratejados por bananas que desarmam ou pelo estômago que chora uma banana.

Seria o 3° ato?

Um povo com armas na mão, angústia, família e sonhos desfeitos,

distúrbios e traumas irreversíveis.

Porque lutam, se agridem?

Por um capricho transitório de força e poder?

E se um psicopata planta um cogumelo nos espinhos do tridente?

Seria a resposta do pontim vermelho a todo um continente.

E se houver sobreviventes

o gás e o petróleo? o milho e a soja?

E para nós o desânimo ou a esperança de tudo se ajeitar?

De camiseta e bermuda esperando que flores saiam dos canhões e venha enfeitar as nossas sandálias havaianas.

Acorda, o pontim vermelho te espreita.

Tião Neiva

TIÃO NEIVA
Enviado por TIÃO NEIVA em 30/05/2023
Código do texto: T7801213
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