PONTIM VERMELHO
Que comece a luta, declara o rei das guerras.
Então o pontim vermelho invade o tridente da trindade.
Se esquece o pontim vermelho que ele é apenas um grão de areia, noutro pontim azul que vaga pelo cosmos.
A Águia,o Leão, o Galo e a Raposa saem em defesa do menor abandonado.
E a injustiça se veste de justiça trazendo uma nuvem de fumaça, que cega as câmeras que se negam a enxergar.
Vidas ceifadas como soldadinhos de chumbo num tiro-ao-alvo.
Os fortes criam as estratégias, e os fracos morreram estratejados por bananas que desarmam ou pelo estômago que chora uma banana.
Seria o 3° ato?
Um povo com armas na mão, angústia, família e sonhos desfeitos,
distúrbios e traumas irreversíveis.
Porque lutam, se agridem?
Por um capricho transitório de força e poder?
E se um psicopata planta um cogumelo nos espinhos do tridente?
Seria a resposta do pontim vermelho a todo um continente.
E se houver sobreviventes
o gás e o petróleo? o milho e a soja?
E para nós o desânimo ou a esperança de tudo se ajeitar?
De camiseta e bermuda esperando que flores saiam dos canhões e venha enfeitar as nossas sandálias havaianas.
Acorda, o pontim vermelho te espreita.
Tião Neiva