POESIA DO APOCALIPSE
Beba o mais adocicado mel
Além da língua a entrar em contato.
Mais humano denso é sentir
Profusões de sabores diversificados.
Profundidade afoga quem mergulha
E detrás das nuances do âmago
Estão perdidos os olhares insolentes.
Sem escrúpulos invadir o mundo
Repleto de sufocamentos sociais.
O experimento atrai memórias
Tão presentes nas estradas a fora.
É o passado rumo sem prumo
Ferro na carne, é o vermelho intenso.
Sem semear nada fugaz
Numa alta penúria contumaz,
Ardores viajantes do peito,
Sabores das peles sem seio,
Apátridas ferramentas indolores.
Tão próspera chegada, avante!
Imagine um mundo colapsado
E que não deixe que os pássaros cantem
Nem brota petróleo encontrado
Debaixo de ossos enterrados.