Viajante
Na multidão da humanidade,
Não me encontro, nem me acho,
Vou buscando o meu rumo,
Meu caminho, meu espaço.
Num dia tento ir pro Sul,
No outro mudo pro Norte,
Paro em cada cruzamento,
Tentando contar com a sorte.
Assim levo a minha vida,
De porto em porto ancorado,
Como um navio cargueiro.
Carrego as marcas da vida,
Nunca sem vento a deriva,
A esperança vem primeiro.