O Silêncio das Dores
Um aperto no peito, uma dor
Onde dói? Não sabe dizer
Ela só sabe que dói
E como dói...
Incomoda, faz chorar, desesperar.
Um aperto, uma agonia
Falta de ar, uma ânsia de sabe-se lá o que
Um desespero incontido, sem motivo
Triste seus dias, mais tristes ainda suas noites.
Mas pelas manhãs, ela recolhe sua tristeza
Sua ansiedade, pinta sua dor, veste-a bem
Maquia seu sofrimento, sabe-se lá de que
E segue para a vida
Para todos sorri, convence, anima, dá conselhos,
Produz. E como é produtiva...
Ninguém nota a dor,
E ela segue.
Marta Almeida: 24/05/2022