Irmãos negros (a)! Preconceito é o novo suplício...
“Escravidão” acabou,
500 anos já se passaram...
E o pobre do negro
Continua injustiçado.
Se estiver bem vestido,
Com emprego bem dotado,
Irônicos dizem:
– Ah! Não quero ser atendido,
Este cara é mal preparado...
A escravidão do flagelo,
Flagelo físico acabou,
Mas a mazela
Não foi cicatrizada...
Egoístas continuam a martirizar...
Preconceituosos! Justiça onde estas? ...
Povo de inópia,
Inópia de ética e
Da moral!
Dizem raça negra!
Negra da maldição,
Se são amaldiçoados!
Perdão Brasil!
É toda nação!
Este sangue que corre
Em suas veias, em nossas veias,
São fruto da miscigenação...
Que proeza corre nas veias
Dos brasileiros, até do imoral,
Sórdido! Sem coração!
Essa ardente flama de história,
Queima em suas veias,
Querendo ou não,
Brasil é como uma teia...
Entrelaçado de todo lado,
Do branco, do índio, do negro e
Do mestiço agraciado.
Devido esse quadro social,
Os negros clamam!
Estão a anelar,
Rebeldia como a de Zumbir,
É o que faz se libertar...
É hora de tecer nova história,
E acabar com essa escravidão social,
Negro afoito! Lute por seu ideal...
Porque esperar por justiça
Nesse Brasil é se ajoelhar!
Dar como vencido,
Desistir de lutar...