RECLAME A FRANCISCO

RECLAME A FRANCISCO

Em tempos de guerra santa,
Também os diabos acordam,
Mas o que mais me encanta,
É quando anjos transbordam.

E olhar para o século treze,
Se é que as datas importam,
Me diz que alguma exegese,
É preciso ao bem que evoca.

Por isso, reclamo a Francisco,
Que Assis nos brindou de ânimo,
Pra que seu amor movediço,
Me abrace de modo equânime.

Convívio, amor e cortesia,
Me insta a falar o que sinto,
Na festa que almeja alegria,
E faz meu sangue mais tinto.

E essa é a vida na Terra,
Tão cheia de vivacidade,
Que cobra o que se pondera,
Pra não sermos só vaidade.

Foi dessa maneira na vida,
Que Chico mostrou lá atrás,
Falando até com a formiga,
Versando o que satisfaz.

Viver é um doce mistério,
Que às vezes se faz amargo,
Pois cobra nosso ministério,
E até um abraço mais largo.

A vida antiga era curta,
Mas cheia de autenticidade,
E hoje a mesma é injusta,
Por ser de total inverdade.

Por isso relembro Francisco,
E me cobro ser paz e perdão,
Tirando do olhar cada cisco,
Vivendo com mais compaixão.