[Um dia saberei...] (Dueto)

O Big Bang
Primordial Princípio?
Largada para o ser imaterial?

Mistério da Vida
Alinhada à Lei de Evolução
O Despertamento para a Lei de Amor

Atravessa a alma em seu desconhecido caminho
[Na consciência “o onde chegar”...
O Existir para Perfeição

Existo... ou "sou"?
Não sei!
E, portanto, confusa... estou (será natural?)
Que horror o de m'encontrar
...como que presa num vazio
...sem sentido!

Nem sempre fui a mesma
Ao que igual nunca fui em todo o tempo
Perante à Vida a qual pouco ou nada a reverencio
(Como qualquer um)
Somente vivo e sigo...
...meu caminho

[Qu’escolho
...entre tantos

Não sei se o segredo está nos escritos dos livros...
... Ou nas partituras dos Clássicos
Não sei, deveras qu'eu não sei

Sinto-me por vezes, min'alma ausente
E mais ainda... carente

Ond'está a felicidade qu’eu procuro (e nunc'acho)?
Dias certos (cronológicos apenas) que se somam
Porém o produto é sempre... nada!?
E, deste modo, tudo em mim...
...é incerto

[E, há o CERTO?
...olho e vejo possibilidades
Pulsa em mim a relatividade, o vir a ser
...pois que ainda não sou, estou me constituindo
Ai, pelo amor de Deus
Deixe-me quebrar a cara
Nesta vida a ser o caminho do calvário
Ou do meu céu, de meu paraíso particular
Neste meu viver... a ser também a minha então "evolução"

[Um dia saberei...
Seria eu um "peixe fora do aquário"?
Será que somente eu estou a andar na mão da vida...
... enquanto a maioria prefere andar na contramão (da própria vida)?
Ou será que nessa "zona toda" não tem mesmo nenhuma sinalização?

Há momentos
que me sinto tão fora do contexto...
Ou então a qu'eu vejo tudo a caminhar para o seu fim
No qu'eu queria tanto abrir os olhos de tantos
Todavia, eles insistem em andar fechados

As pessoas não desejam pensar...
Na verdade, quase todo mundo tem medo (de pensar)
E aceitam como que de pau-mandado o que os outros dizem
E renunciam a si próprios (quando jamais assim o fazer deveriam)

Preferem repetir feito papagaios
E como são como que "marias-vão-com-as-outras"!
Manipulados... fantoches... idiotas...

Ou a fora da caixa sou eu
Que numa cegueira só e apenas minha...
Não vejo o que outros exaltam e reverenciam
Não vejo os ditos ídolos, os que chamam de "heróis" ou mesmo de "santos"

[Sim, e destarte, somos nós, o próprio homem, que os fabricamos...!
Será que toda essa bagunça é somente d'agora...
... ou já não faz tempos?

Pensante...
Não sou insensível
Sinto na face o beijo "estóico”
Mas, não me deixo pelo estoicismo abraçar...

Há muitos pensares que encontram ecos
em mim...

Do por quê da Vida?
Do por quê do Amor?
Do por quê de mim?

[Um dia saberei...





“H” e Juli Lima

















VANGELIS - Conquest of Paradise.(ouça)











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