Mãos vazias

Quando chegamos nossas mãos estão vazias
Do mesmo modo nossas mentes estão puras
E nossas almas ainda carentes de ternuras
Vão se modelando nas realidades e fantasias.

Na tenra infância somos a própria ingenuidade
Vivendo à margem dos problemas mais comuns
Não enxergamos o mal que habita em alguns
Que às vezes pregam, mas não têm moralidade.

Muitas vezes nossas inocências são aviltadas
Já na infância, bem antes da pré-adolescência.
Até aqueles, por quem devíamos ser cuidadas
Ou nos maltratam ou nos negam a assistência.

O tempo passa e leva embora as tolas ilusões
Então aprendemos que a vida é pragmática
Que sobreviver é apenas lógica matemática
Que põe os bolsos onde é o lugar dos corações

A vaidade faz um conluio com a tola ambição
E a avareza junto à soberba são "as doutrinas"
As nossas riquezas não escondem as ruínas
Onde os espíritos só se afundam em perdição

No fim da vida os nossos olhos estão vagos
Não fixam mais nada, porque nada nos atrai...
E a cada golpe a nossa esperança se retrai...
Com dinheiro nossos débitos não são pagos

Os maiores patrimônios materiais acumulados
De nada servem à alma no minuto derradeiro...
De mãos limpas e com os bolsos sem dinheiro
Retornaremos para casa ao sermos chamados

Por isso, deixo registrado um bom conselho...
Vivamos todos como se o futuro fosse agora.
Não adianta lamentar na véspera de ir embora
Em outras vidas encontramos o nosso espelho.


Adriribeiro/@adri.poesias
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 22/05/2021
Reeditado em 22/05/2021
Código do texto: T7261240
Classificação de conteúdo: seguro
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