FUI PRETO, BRANCO E ÍNDIO
FUI PRETO, BRANCO E ÍNDIO
Em todos os ciclos que tive,
Estive em todos os lugares,
E quando eu vivi fui tão livre,
Se é que é possível milagres.
Mas cores de pele escondem,
A origem de todas espécies,
Pois fomos nascidos por ordem,
De tudo o que se conhece.
E foi assim com os humanos,
Nascidos no berço em África,
Que andaram por todos os anos,
Em tribos ou grupos de cáfila.
E foram deixando o início,
Buscando prover o sustento,
Por fome e sede em princípio,
Guardando lugar pros rebentos.
Nesse caminhar tão inseguro,
Fugindo ou buscando conquistas,
Para ver até mesmo no escuro,
Além do que alcançam as vistas.
Assim, no complexo das eras,
Fui preto, fui branco e fui índio,
Mesclado às peles das feras,
No gueto, barranco ou no Índico.
E o sangue que tenho nas veias,
Não moldam a cor de minha pele,
Que mente também pras sereias,
Se a melanina não mais serve.
Afinal, devo ser um camaleão,
Vivendo com meu mimetismo,
Ou quem sabe eu seja o pavão,
Imolado ao querer ser altivo.
FUI PRETO, BRANCO E ÍNDIO
Em todos os ciclos que tive,
Estive em todos os lugares,
E quando eu vivi fui tão livre,
Se é que é possível milagres.
Mas cores de pele escondem,
A origem de todas espécies,
Pois fomos nascidos por ordem,
De tudo o que se conhece.
E foi assim com os humanos,
Nascidos no berço em África,
Que andaram por todos os anos,
Em tribos ou grupos de cáfila.
E foram deixando o início,
Buscando prover o sustento,
Por fome e sede em princípio,
Guardando lugar pros rebentos.
Nesse caminhar tão inseguro,
Fugindo ou buscando conquistas,
Para ver até mesmo no escuro,
Além do que alcançam as vistas.
Assim, no complexo das eras,
Fui preto, fui branco e fui índio,
Mesclado às peles das feras,
No gueto, barranco ou no Índico.
E o sangue que tenho nas veias,
Não moldam a cor de minha pele,
Que mente também pras sereias,
Se a melanina não mais serve.
Afinal, devo ser um camaleão,
Vivendo com meu mimetismo,
Ou quem sabe eu seja o pavão,
Imolado ao querer ser altivo.