A QUEM CULPAR?
O sonho é morto
Quando morre gente,
E a gente
Fica impotente
Ante tanta morte.
Qual o norte
A seguir ?
Não hà norte !
Só a morte
É o que vemos aqui.
O Brasil é hoje
Um cemitério
A céu aberto,
A contar cadáveres,
A encher os
Leitos hospitalares,
Quando ainda há leitos.
O canto é finado.
A lira é quebrada
Quando o encanto
É desfeito,
E não pode disfarçar
O choro de tantas famílias
Vivendo um pesadelo,
Padecendo a perda
De entes queridos.
Brasil, um cemitério
A céu aberto,
A contar cadáveres,
A superlotar
Os leitos hospitalares ,
Quando ainda há leitos!