Bandeira branca

"O bom remador sabe

as artimanhas do mar;

além última onda forte

há calmaria a apreciar"

[...]

Piso em solo fértil,

sei as dificuldades

para nele continuar

Solos pantanosos,

ricos em húmus,

afundam os pés

de quem ainda não

aprendeu a caminhar

Solos áridos rígidos,

deixam uma leve

sensação segura

até a amargura,

por fim, chegar

Dói lembrar o silêncio,

a omissão dos amigos,

as fofocas dos imorais

e as lições de moral,

sem dó nem piedade,

da boca dos hipócritas

Reli minhas tentativas infrutíferas

e baixei a guarda por um instante;

relutei pela vitória, isso é o bastante

para as frustrações serem prescritas

Cada alma vagante,

no momento certo,

solicita licença a si

para se reencontrar

Silencia-se, sem temer

o som dos automóveis

e os noticiários na TV

Sabiamente, doma o tempo,

trazendo para si este amigo,

senhor de todas as causas

Esse experimento é

uma bandeira branca,

um pedido de calma

ao nosso bem maior

Lembre que a linha regente

da causalidade da existência

não oscila com carga extra;

deixe os outros aprenderem

Minha atual versão de paz

não irá se sobrepor à vida

de quem conflita uma lição

"Se o momento pede paz,

não compre guerra alheia;

curta bem essa sensação"

Renato Braga
Enviado por Renato Braga em 03/03/2021
Código do texto: T7197596
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