Ano de 2020!
Ano tenso, extenso, intenso
De pandemia generalizada
Que dói ao coração hipertenso
E desconstrói a ciência, politizada
Ano de pouco bom senso, contrasenso
De pandemia (des) elitizada?
Que não se chega a um consenso
E vacina estigmatizada, hostilizada
Ano que se finda em argumentação absorta
De reflexão também estrambótica
Que não se comporta ou conforta?
E constrói ambiguidade sarcástica
Ano de interrogação: “e o próximo ano?”
De busca pelo amor e solidariedade?
Que não se rende ao insano, miliciano?
E não se acabe em retrocessos e desigualdade!