Folha à folha manco
Ao amor, um sentido falhado, em caravana, folha à folha manco.
Quem dera vir de outro sol o raio e de outra calha o chão!
Mas sinto fosse o poema não mais que um argumento: de tocaia a rua cumpre expediente feito um guarda-chuva ao sol.
Verdade que sei que logo ali o dia é claro e há o céu, os pores e de quebra um anu feliz rolando à terra, mas sinto-me exilado ao raio de outro sol ainda por fazer, não este que acabei de conceber cadente e que não calha a nada que não seja a prosas como esta feita a canivetes.
Será só isso a poesia? uma coisa encanada, metida dentro em mau jeito, e os poetas salgando uns aos outros. Não pode ser! Quero um arremesso à luz!