Passos, pra que me tens?

Passos, pra que me tens?

me deixe às raízes do tempo,

dilua-me os rumos,

desandem.

Mas se ainda assim me forem,

que reste-me então uma certeza única.

Não da morte;

quão risível pra mim é o morrer

se ao menos um poema

palpita nos olhos

a imortalidade de um sonho.